sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Blá, blá, blá de Deus?

De quando em quando somos instados a refletir sobre algo que desde sempre foi um mistério na história da humanidade. O Silêncio de Deus. Não importa muito se estamos falando do Deus Yahweh, se estamos falando do Deus Allah ou outra denominação dada a Deus. O fato é que sempre que nos intrigou e muito a falta da manifestação verbal de Deus através da história. Ao “iniciar esta reflexão usei a expressão “de quando em quando”; explico: Ocorre que este Silêncio de Deus somente nos incomoda quando estamos em apuros – seja de qualquer ordem. Doença, tristezas em geral, perseguição ou até mesmo quando estamos em perigo. Neste momento olhamos para o alto a espera da Voz Poderosa de Deus. Agora quando estamos bem, sem problemas aparentes ou até mesmo no erro, o Silêncio de Deus é bem-vindo ou na melhor das hipóteses ignorado. Amigos que nossa relação com Deus nunca foi muito justa isso já sabemos, mas daí atribuir a Deus um possível “silêncio” que nos incomoda tem uma grande distância. Se olharmos com olhos críticos a nossa vida desde o milagre do nosso nascimento até a presenta data veremos que a manifestação de Deus é intensa e constante – e não com palavras, mas com Atos e Atos de Amor incondicional. Quantas vezes estivemos à beira do abismo e Deus estende Sua mão e nos socorre? Aos que ainda não se deixaram tocar pelo Amor de Deus e por conta disso tentam insuflar nos crentes a dúvida devemos deixar o seguinte recado: Caros, com Deus não tem Blá, blá, blá, Deus age. Eu sinto isso em minha vida e você?

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Sinais da Maturidade

Hoje vamos refletir um pouco sobre os sinais da maturidade em nossas vidas. Para alguns pode parecer um pouco prematura esta reflexão, mas para outros ela é mais do que oportuna. Quantos de nós ao longo da vida não ouvimos inúmeras vezes a seguinte frase: “Você ainda é imaturo; um dia irá compreender o que eu estou falando”. Isso nós causou por certo muita irritação – vontade mesmo de explodir. Amigos, o mais incrível de tudo isso é que eles tinham razão. Quanto você começa a perceber os sinais de maturidade em sua vida tudo se torna mais claro. De todos os sinais que começamos a perceber um se destaca em minha opinião; a capacidade de ponderação. Para ajudar precisamos saber a abrangência deste verbo: Significado de Ponderar - v.t. Avaliar, estudar, pesar; apreciar, examinar; expor, observar, considerar. V.i. Meditar, refletir. O que parecia simples se torna complexo; como ter capacidade para articular todas essas ações sem um mínimo de experiência de vida? A verdade é que não há motivos para desesperar, pois no tempo certo tudo vai se encaixando e se resolvendo. Ainda é verdade também que muitos amadurecem mais cedo do que a média. A depender das condições de vida – nível de exigência imposta pela vida; somos levados a queimar algumas etapas e crescemos prematuramente. Que bom isso. Amigos o que gostaria de lembrar e acho muito relevante neste processo são os desafios e inimigos a vencer para se avançar rumo à maturidade. A ajuda para entender o que se passa vem de um filósofo alemão – Nietzsche; que nos alerta: “O inimigo mais poderoso que você irá encontrar será você mesmo”. Na medida em que conseguimos vencer nossos melindres, orgulhos e paradigmas, daremos abertura para a chegada da maturidade e não pensem que isso será fácil. Haverá muita briga interior e até certa revolta mesmo. Eu confesso que não sofri muito com este processo, mas conheci amigos que penaram muito. Sobretudo àqueles de personalidades mais fortes. A certa altura da vida nos lembraremos e acharemos graça de alguns episódios onde agimos como se não houvesse outra verdade senão à nossa. Mais à frente, perceberemos o quão gratificante é perceber que crescemos e até contribuímos com o crescimento dos outros seja com a nossa presença seja com nossas opiniões. Hoje tenho certeza que foi uma boa espera. Viva intensamente tudo, observe atentamente à sua volta, não se permita queimar etapas e seja, sobretudo paciente. E seja feliz.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O Abuso Não Tolhe o Uso

O que poucos sabem é que o Brasil, num outro momento de sua história, já se viu envolvido na polêmica. “A pena de morte já existiu entre nós, há muito tempo, desde o momento em que o Brasil ainda estava sob o jugo estrangeiro e que aqui vigiam as ordenações”, revela Luiz Flávio Borges D’Urso, advogado criminalista e presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional São Paulo (OAB-SP). A aplicação da pena foi vigente por muitos anos no país até que, por um erro da lei, em 1855, ao condenar um homem inocente à forca (fato que só foi descoberto quando o verdadeiro culpado, enfermo, confessou ao filho que era ele o verdadeiro autor do crime), as autoridades decidiram banir a pena de morte da Constituição Federal. A decisão, no entanto, só virou lei em 1890. "São muitas as pessoas, infelizmente, que são contra a pena de morte. Essas pessoas fazem muitas objeções à pena capital. Rebateremos as mais comuns. Objeção: Não pode haver pena de morte porque podem acontecer erros e acabar-se matando inocentes. Resposta: Segundo esse argumento, tudo o que contém algum risco de erro é ilegítimo. Se esse argumento procedesse, deveriam ser proibidos o avião e o automóvel, porque acontecem vários acidentes por ano e muitos inocentes morrem. "Abusus non tollit usum" (o abuso não tolhe o uso), é uma máxima do Direito absolutamente verdadeira. Caso contrário, a vida em sociedade seria impossível". Texto do site: http://www.notasdeaula.org autor Leonardo Gomes.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

E aí, Chove ou não chove?


Em plena era da internet e da comunicação global facilitada pelos meios de comunicação ainda não podemos prescindir da forma mais rudimentar de comunicação – a conversa pessoal, o diálogo, o famoso “dedo de prosa”. Engraçado é que poderíamos começar a conversa falando de futebol, de dinheiro ou mesmo de mulher, mas invariavelmente a prosa se inicia com a singela frase: E aí chove ou não chove? Quantos de nós já não agiu desta forma ao entabular um animada conversa? Que funciona não temos dúvidas; pois que desde sempre usamos esta estratégia. Mudando um pouquinho o rumo da prosa, gostaria de dizer que creio firmemente que vou para o céu. Escolhi o céu, pois dizem que lá tem café com leite – tudo de bom! Outros já escolherem o inferno, pois lá dizem, tem cerveja, coca-cola e energético. Escolhas à parte, o fato é que nós absolutamente não sabemos para onde vamos. Todos os grandes poetas e escritores teorizaram sobre o nosso destino “post mortem”. Escolhi a frase do grande poeta gaúcho de Alegrete – Mário Quintana. Num momento de descontração o poeto alertou: “Esses que puxam conversa sobre se chove ou não chove, não poderão ir para o céu! Lá faz sempre tempo bom”.  Doravante, sempre que eu estiver numa fila de banco ou supermercado vou ficar atento ao início das prosas; se começarem pelo “chove ou não chove”, vou educadamente me intrometer e alertar as partes sobre o risco que estão correndo. Se lograr êxito terei salvo muitos irmãos de serem obrigados a passar o resto da morte a beber cerveja, coca-cola e energético.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Pena Capital


“...cada pessoa singular se compara a toda a comunidade, como a parte para o todo. Portanto, se um homem é perigoso para a sociedade e a corrompe por algum pecado, é louvável e salutar que se lhe tire a vida para a conservação do bem comum, pois como afirma São Paulo, ‘um pouco de fermento corrompe toda a massa’”

(Tomás de Aquino, Suma Teológica, tratado de Justiça, II Q. 64.a.2)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Para pensar...

Quem poupa o lobo, sacrifica as ovelhas. 
Victor Hugo

Dê o melhor de você

Causou-nos grande indignação à atitude daquele neurocirurgião que faltou o plantão num hospital público o que contribuiu para o agravamento do estado de saúde da uma menina baleada causando sua morte. Todas as vezes que nos deparamos com situações e atitudes de pessoas que livremente abraçam determinadas profissões e depois negligenciam na prática das mesmas ficamos chocados. Muito difícil entender suas motivações, ou melhor, suas faltas de motivações. Não importa se você escolheu a carreira a seguir ou se a vida se lhe impôs determinada profissão por razões das mais diversas – isso às vezes acontece. O fato é que se trata da sua contribuição para a sociedade e para que você possa auferir seu sustento de forma digna. Inconcebível é negligenciar e tratar com desdém seu ofício. SER um bom engenheiro, um bom administrador, um bom cozinheiro, um bom carpinteiro ou outra profissão qualquer é sim Dom de Deus na pessoa. É carisma. Não podemos chegar de mãos vazias diante de Deus por isso temos dons e habilidades que colocadas a serviço da vida contribuem para a plenitude do projeto de Deus para os homens. Madre Teresa de Calcutá dizia: “Dê ao mundo o melhor de você. Mas isso pode não ser o bastante. Dê o melhor de você assim mesmo. Veja você que, no final das contas, é tudo entre você e Deus. Nunca entre você e os outros”. Cometem grande equívoco aqueles que acham que podem enganar a Deus. Se Deus me deu mãos habilidosas e precisas não foi por acaso. Amigos não podemos sob risco de cometer injustiça deliberar penas a quem quer que seja mas devemos mostrar nossa indignação diante de certas atitudes. Este médico deve sim receber da sociedade um corretivo à altura de sua falta e isso caberá às autoridades constituídas para isso. A nós cabe pedir que a Deus que tenha misericórdia deste homem. À família da menina fica nossa oração de conforto e coragem para seguir a vida.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Palavra – Ação – Silêncio

Desde que me conheço por gente e que ando de ônibus leio numa plaquinha afixada próximo ao motorista a seguinte frase: Fale ao motorista somente o indispensável. Quando criança confesso que não entendia muito bem o porquê da proibição de se falar com o motorista. Achava que era pura implicância do dono da empresa – maldade mesmo, deixar o pobre homem sem falar por tanto tempo. Indignação de criança às vezes tem fundamente! O tempo passou e hoje entendo perfeitamente àquela advertência. Caso o motorista se distraia numa conversa qualquer pode provocar um acidente. Porque trouxe este assunto aqui? Vamos lá. Há algum tempo virou moda no mundo corporativo as tais estações de trabalho onde diversos funcionários dividem uma mesma sala. Os que defendem este modelo falam da sinergia entre os trabalhadores – pode até ser, mas tenho ouvido algumas queixas que parecem ter procedência. “É um falatório infernal e eu não consigo me concentrar.” O resultado não raramente são erros grosseiros nos processos que as pessoas têm pleno conhecimento e domínio. Outros ainda defendem este modelo alegando ser muito mais barato montar uma infra-estrutura onde todos dividem o espaço. Eu confesso que teria muita dificuldade em trabalhar num ambiente assim – por certo me dispersaria chegando rapidamente ao estresse. Talvez eu seja suspeito porque sempre gostei do silêncio para aquelas atividades que exigem concentração – ler, escrever, calcular, pensar e elaborar. Dias desses encontrei nas minhas leituras diárias na internet um pequeno texto de Mahatma Gandhi que achei muito oportuno para esta reflexão. “Aqueles que têm um grande autocontrole, ou que estão totalmente absortos no trabalho, falam pouco. Palavras e ação juntas não andam bem. Repare na natureza: Trabalha continuamente, mas em silencio.” Por certo Gandhi foi buscar este conceito no Hinduísmo, mas de qualquer forma acho oportuna uma reflexão e até ação se for o caso. Muitas vezes ficamos batendo cabeça tentando corrigir os processos ou até mesmo substituindo pessoas e não vemos os resultados. Não podemos perder de vista que alguns modernismos escondem na verdade um custo “oculto” e de difícil identificação.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Declaração de Amor


Às vezes nos deparamos com a difícil missão de expressar nosso amor por alguém que muito amamos. Digo difícil porque por mais que nos esforcemos quase sempre ficamos com a sensação de que não fomos claros e convincentes o bastante. A bem da verdade algumas pessoas não se ocupam com isso. Nós; eu e você temos sim está preocupação constante, certo? Agora, e como fazer isso? Para ajudar vou relacionar algumas formas que já vi ou ouvi falar.

ü  Contratar um carro e som e mandá-lo para porta do trabalho da minha amada – uma música bem romântica e um texto daqueles encontrados na internet;

ü  Mandar fazer um Outdoor e espalhar pela cidade de preferência pelo caminho que ela passar todas às manhãs quando vai para o trabalho;

ü  Contratar um helicóptero para jogar pétalas de rosas sobre a casa dela num domingo pela manhã;

ü  Chegar de surpresa na sala de aula onde ela estuda e na frente de todos declarar seu amor;

ü  Comprar um ursinho de pelúcia de dois metros de altura e uma caixa de bombons sonho de valsa;

ü  Escrever para um programa de auditório da TV e pedir que façam uma grande surpresa para ela;

Gostou de alguma ideia, já fez alguma dessas loucuras, deu resultado? Então, na verdade a grande maioria de nós jamais faria uma dessas “loucuras” de amor. Algumas chegam a ser ridículas e você poderia perder a pessoa amada! Amigos, refletindo sobre isso me lembrei de algo que li do poeta Fernando Pessoa. O amor é algo simples e como tal deve ser encarado e assumido. Pois bem vejam como o poeta se declarou à sua amada: “Amo como ama o amor. Não conheço outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?”. Simples, objetivo e eficaz. Assim é o amor. Finalmente você tem feito isso com que frequência; já disse à pessoa amada que a ama hoje? Ainda não? Pois ainda está em tempo. E seja feliz!

 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O Velho Braulino


Esta semana não sei o porquê, mas me lembrei de um senhor que conheci há muitos anos atrás cujo nome era Sr. Braulino. Era um oficial de marinha reformado. Por esta época eu morava numa rua sem saída que tinha exatas sete casas de cada lado e uma no final da rua que para acessar tínhamos que atravessar um pequeno córrego. Não me recordo por quanto tempo morei ali, mas foram anos muito especiais. Na primeira casa lado direito morava o Sr. Braulino com a mulher e dois filhos pequenos. Ele já devia ter por volta dos sessenta anos, mas os pequenos tinham uns quatros ou cinco anos no máximo. Bons tempos. A casa dele tinha um muro baixo ladeado por um gramado muito bem cuidado. Às tardes ele vinha para a beira do muro e nós – todos adolescentes, nos juntávamos à sua volta para bater papo. Como era de se prever o velho marinheiro sempre tinha uma história para contar. Ali ficávamos até por volta das vinte e duas horas e obviamente sem nenhuma pressa. Como esquecer esta época – impossível!
Cora Coralina disse certa vez que; “Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”. Braulino que hoje se estiver vivo tem por volta de cem anos certamente era muito feliz e nós, a considerar minhas lembranças éramos feliz também. Naquela época não existia internet e as relações eram necessariamente pessoais. Inconcebível hoje um adolescente “perdeu” tempo com um “velho” contador de histórias. Coralina teria que reescrever sua ideia de transmissão de conhecimento. Se perdemos ou não ainda é cedo para afirmar, mas por certo as relações hoje ditas digitais perdem pela falta de calor e emoção em relação àquelas. Olhar nos olhos, ouvir a voz, sentir o calor do corpo e perceber as expressões e gestos enriqueciam por demais as relações. Tudo aquilo deixava marcado de forma indelével em nosso coração os ensinamentos e as experiências vividas e compartilhadas. Oxalá descubramos uma fórmula para humanizar as Redes Sociais que hoje têm a função de manter as pessoas “antenadas” umas às outras. Que ao sentarmos diante das máquinas possamos perceber o outro à nossa frente e tratá-lo com a dignidade, respeito e porque não a ternura necessária.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

“Evite acidente, faça tudo de propósito.”

Num livro já citado anteriormente neste Blog a escritora Betty Milan cita a frase acima, de autoria de um gênio da publicidade brasileira – Carlito Maia. Brilhante e de uma infinidade de aplicações. Os tarados da área de segurança logo se apropriariam da mesma para estampá-la nas camisetas da próxima SIPAT. Quem leu o livro saberia que não foi esta a intensão da autora. Eu confesso que ao me deparar com esta frase tive uma sensação estranha, certo incômodo mesmo. De que acidente trataria a autora? Então mais adiante na leitura descobri a dimensão e o propósito da escritora. Quantas coisas em nossas vidas acabam dando errado – acontecendo exatamente como não gostaríamos ou como prevemos ao agir? Passaríamos uma tarde relacionando-as não é verdade? Explicações temos aos montes. Faltou planejamento, imprevistos acontecem, não foi o melhor dia, não era vontade de Deus (até isso temos coragem de pensar e às vezes verbalizar mesmo). Aqui parei para refletir um pouco – interrompi a leitura para pensar; isso é bom às vezes. Acidente: Um acidente é um evento inesperado[1] e quase sempre indesejável[1] que causa danos[1] pessoais, materiais (danos ao patrimônio), danos financeiros e que ocorre de modo não intencional. Ah, agora sim perece que vamos chegar lá. Intenção e propósito são palavras que deveriam sempre caminhar juntas quando vamos empreender qualquer ação e ou projeto. Que sabedoria da autora ao juntar acidente e propósito. Amigos, na maioria das vezes nos lançamos em algum projeto sem termos uma definição muito clara do quanto acreditamos e trabalharemos para o resultado; do quanto estamos dispostos a nos empenhar pelo êxito daquele projeto. Evitar acidente e fazer tudo de propósito é colocar todas as nossas energias, conhecimento e garra em prol do resultado. Não admitir que um “acidente” possa ocorrer. Agora enchergamos a abrangência da frase; em tudo ou quase tudo na vida se aplicaria a recomendação; desde a travessia de uma rua movimentada até quem sabe a abertura de uma empresa ou ainda uma viagem dos nossos sonhos. Enfim, fica então a sugestão; doravante faremos tudo ou quase tudo de propósito e seremos mais felizes e bem sucedidos.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O Improvável

Tive oportunidade de visitar o distrito de Xerém em Duque de Caxias dias após a tragédia causada pelas fortes chuvas da madrugada do último dia três de janeiro. Os que me conhecem sabem que absolutamente não sou dado a curiosidades mórbidas – tipo ir ver mortos de desastres ou coisa do gênero.  Estive lá exatos oito dias quando muito do que aconteceu já estava descaracterizado. Também não estive nos piores lugares onde, até porque ainda não está totalmente liberado o acesso. O que vi? Muita destruição, muita gente na rua, muita poeira. Vi também as provas irrefutáveis da tragédia – as marcas de água nas paredes e nos muros – 1,70 em alguns pontos. Marcas que por certo lá ficarão por muito tempo para lembrar aqueles que sofreram e tentam esquecer. Alguns lugares que estive se não tivesse as marcas diria que seria improvável acontecer aquilo, mas eu vi e elas estão lá. Amigos, já vivi o suficiente para entender que não existe nada improvável nesta vida e principalmente em se tratando da natureza. Por mais que tenha avançado a ciência a natureza ainda se reserva o direito de romper com as estatísticas. Uma senhora me disse: “Moro aqui a quarenta e três e nunca vi nada igual – nunca imaginei que pudesse acontecer.” O fato é que nos últimos três anos foram exatamente três tragédias causadas pela improbabilidade da natureza. Dá para pensar. E o que fica de tudo isso é o exercício da SOLIDARIEDADE E COMPAIXÃO. Esse sim é um fato importante; a mobilização de milhares de pessoas em prol daqueles que foram vítimas daquele desastre. Quão gratificante é saber que aqui sim não existe improbabilidade – a ajuda e mobilização é certa – nosso amigo disse; “Fiquei impressionado com solidariedade das pessoas; gente que eu nunca tinha visto trazendo quentinha, água e palavras de conforto”. Outros desastres poderão acontecer e não saberemos onde, mas a natureza humana dará a resposta em tempo e medida necessária. Àqueles que passaram pelo sofrimento fica a certeza de que sairão renovados, pois a vida continua como projeto de Deus. “ Eis Que faço novas todas as coisas.” Apoc. 21,6      

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

2013


Passados exatos dez dias do ano de 2013 resolvemos, eu e minha consciência em preparar uma pequena lista com alguns compromissos para 2013 – poucos mesmos e que sejam exequíveis. Amigos, confesso que não foi nada fácil um acordo para elaboração desta relação. Sabem como é; nossa consciência é sempre muito radical e intransigente nas suas posições chegando às vezes a intolerância diante de algumas atitudes nossas. Eu de fato também não sou muito transigente e para algumas coisas fecho questão. Imaginem a briga que foi. Vou começar pelos pontos que concordamos; isso mesmo por mais improvável que fosse nós concordamos em alguns pontos.

Primeiro propósito: No amor; este ano devo manter o compromisso assumido comigo mesmo de cercar minha mulher de toda a atenção – que seja uma atitude incansável e desprendida sem necessariamente exigir a reciprocidade. Esta, minha consciência adorou!

Segundo propósito: Manter este ano uma das minhas principais qualidades sem falsa modéstia – não me deixar corromper e nem tentar corromper quem quer que seja. Princípio moral é ético herdado de meus pais.

Terceiro propósito: No relacionamento interpessoal, ouvir sempre mais do que falar; evitar discussões desnecessárias, pautar os diálogos voltados para construção de relações maduras, dignas e condizentes com minha idade e experiência.

Quarto propósito: Manter um cuidado especial com minha saúde não deixando meu corpo se tornar preguiçoso e lento. Correr muito, me alimentar corretamente e descansar sempre que necessário.

Quinto propósito: Nas finanças. Aqui a discussão foi acalorada. Minha consciência acha que eu gasto muito e de forma inconsequente e isso tem consequências. Eu sempre entendi que dinheiro foi feito para gastar. Ponderamos e concluímos ser de fato necessário este ano meter o pé no freio e fazer sim um “pé de meia”. Vamos ver.

Acho que por ora temos bons propósitos. Agora é meter a mão na massa e agir. Oxalá eu seja perseverante e dedicado aos nossos propósitos. E você caro amigo já definiu suas metas para 2013...ainda está em tempo vamos lá crie coragem. Ah, se quiser e se sentir à vontade conte pra gente. Em tempo: Não vá se meter a fazer está lista sozinho; convoque sua consciência também isso irá ajudar bastante. E seja feliz!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Compartilhando...


Nesta minha paixão por leitura tem algo de muito gratificante, a saber: Poder partilhar com os amigos as descobertas do mundo das letras e pensamentos. Bem verdade é que a partilha não se dá na frequência que eu gostaria, mas quanto é oportuno penso ser bem recebida pelos amigos. O livro do dia é O Clarão de Betty Milan - Cultura Editores Associados. Meu processo de escolha de livros é bem simples; leio as sinopses nas páginas das livrarias na internet. Leitura minuciosa que demanda algum tempo e paciência. Daí sai uma relação que vou comprando aos poucos – de acordo com a possibilidade orçamentária. Tenho sempre dois ou três livros na espera. Partilhando... O Clarão tem sido para mim uma grata surpresa pela beleza e magia da linguagem da escritora ao abordar um tema a princípio tão simples quanto oportuno; a amizade. Betty Milan inspirada na vida do publicitário Carlito Maia, caminha na estrada da amizade enfrentando todas as adversidades e agruras que tentam impedir a consolidação do amor entre duas ou mais pessoas. Na amizade entre Ana e João nós encontramos aqueles amigos do passado do presente e porque não do futuro, aqueles que poderiam ser grandes amigos, mas não o foram, aqueles que no auge da relação amor-amigo nos decepcionaram e aqueles a quem deixamos na estrada sem ao menos nos desculpar. Ana e João mostram pra gente o grande incômodo que causa nos egoístas uma grande amizade – que tristeza!

Eu sempre fui de poucos amigos. Isso se deve penso eu, por não ser nada carismático e portador de uma carranca sem igual. Este livro tem me levado a refletir neste aspecto da minha história e isso é muito bom. Lá pelo meio do livro veio à minha mente um ex-grande amigo cujo nome era Marcos. Um nordestino muito gente boa – paraibano para ser mais preciso. As poucas recordações são muito boas. Lembro-me às vezes de chegarmos em casa na madrugada, vindo de alguma festa e sentarmos à mesa para comer cará quentinho em fatias com manteiga e café com leite uma das minhas paixões. Tínhamos dezesseis e dezenove anos respectivamente. Ele já trabalhava e foi este trabalho somado ao meu rigor moral já naquela época que arrefeceu nossa amizade até a distância cuidar de levá-la a termo. Hoje, passados quase quarenta anos ainda me lembro daqueles dias.  Voltando ao Clarão, convivemos com Ana e João que são diferentes – amor incondicional – amor-amigo que rompe todas as barreiras inclusive à fronteira entre a vida e a morte. Amigo não morre! Se você tiver um tempinho para se dedicar à leitura fica aqui uma dica e quem sabe não começa aqui uma nova amizade.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

“Como nos tornamos cruéis quando temos licença.”


Esta frase brotou do coração de um poeta alemão, oficial nazista desiludido com as atrocidades no Terceiro Reich. O filme canadense O Poeta – 2007 drama que retrata o amor entre este mesmo oficial e uma jovem judia. Um belo filme que mais uma vez trás à nossa mente as crueldades do FÜHER; o que sempre é oportuno para nos manter em estado de alerta e ainda nos presenteia com emblemática frase – “Como nos tornamos cruéis quando temos licença”. Amigos, trago esta frase para nossa reflexão e me arrisco a me apropriar da estrutura da mesma para cunhar outra frase não menos oportuna: Como nos tornamos corruptos quando temos poder. Da mesma forma que aquele oficial da ficção juntamente com sua mãe se perguntam o porquê de tamanha crueldade nós hoje longe de qualquer ficção lutamos para entender o porquê de tanta corrupção atrelada ao poder. É bem verdade que ainda hoje vemos a crueldade desmedida daqueles que tem licença, mas também é verdade que num crescente sem precedente a corrupção nos corredores do poder pelo mundo afora ultrapassa todos os limites inimagináveis.  Na ficção o oficial tem, ainda que à custa de muitas vidas a oportunidade de se afastar daquela crueldade com sua amada. Diferentemente, na vida real, numa sociedade que não consegue mais prescindir do Estado, jamais conseguiremos nos livrar da corrupção atrelada ao poder. Que triste sina! Caros, sempre achei que a indignação é sempre confortante e a depender do grau chega a apresentar resultados visíveis. Se não ficamos indignados tudo está perdido ainda que não estejamos coniventes. Que a indignação trás resultados não tenho dúvidas. Assistimos nestes últimos dois meses o desfecho do julgamento do mensalão pelo STF. Acredito sinceramente que pesou e muito a indignação popular na decisão dos senhores ministros. Coube ao ministro Joaquim Barbosa conduzir magistralmente aquele julgamento. Do STF para a história. Vossas excelências mostraram que não é verdade absoluta o binômio Poder – Corrupção. Oxalá nossos filhos daqui a alguns anos se lembrem deste julgamento com divisor de águas. Que a história inspire algum poeta a cunhar outra frase não menos emblemática: Como nos tornamos mais honestos porque temos poder!

Poverello de Assis

Oração de são franscisco



Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz !Onde houver ódio, que eu leve o amor, Onde houver ofensa, que eu leve o perdão, Onde houver discórdia, que eu leve a união, Onde houver dúvidas, que eu leve a fé, Onde houver erro, que eu leve a verdade, Onde houver desespero, que eu leve a esperançaOnde houver tristeza, que eu leve a alegria, Onde houver trevas, que eu leve a luz. Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado, Pois é dando que se recebe é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a VIDA ETERNA !


Esta oração foi feita após o pedido de clemência do papa Inocêncio III "arrependido" pelas cruzadas e muito enfermo. Francisco, duvidando de seu arrependimento, fora chamado a atenção pelo Pai pedindo piedade ao agonizante. São Francisco atendeu o pedido, admitindo humildemente sua ignorância.