quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Sacômetro


Já sei, você vai dizer que estou inventando. Que esta palavra não existe. Você pode até ter razão mas, eu não abro mão de criar este novo vocábulo. Pode ser até que somente venha a usá-lo mas mesmo assim valerá a pena. Tá bom, tá bom eu explico melhor. Ocorre que já passei dos cinquenta anos e já começo a sentir o peso da idade. Se quero viver mais cinquenta anos? Óbvio que quero. Por isso criei o sacômetro. Veja se você concorda comigo. Até certa idade conseguimos suportar tudo ou quase tudo que se aparece na vida. Todo tipo de enchessão de saco. Agora começamos a perder a paciência e algumas coisas se complicam um pouco. E não é exagero não vou dar alguns exemplos. Renovação da carteira de motorista ( você dirige a trinta e dois anos ); Palestra na Igreja para ensiná-lo a votar ( e  você já colocou um monte de ladrão no poder ); Exame Urodinâmico para ver a intensidade da sua urina ( e você já ganhou muitos concursos na beira do campo para ver que mijava mais longe ); Um consultor de 25 anos chega na sua empresa e quer ensiná-lo a trabalhar ( você trabalha com engenharia a trinta anos e o idiota é formado em administração ); Você entra numa loja para comprar um DVD e o vendedor insiste em lhe vender um seguro ou em lhe emprestar dinheiro; Seu celular toca, você atende; a atendente informa que você é um cliente VIP e foi escolhido para comprar um pacote de vantagens que no final vão lhe deixar mais endividado; não vou continuar para não deixa-los entediados e não visitarem mais o meu Blog. Agora digam a verdade; dá para se viver depois dos cinquenta sem o tal Sacômetro para medir o quanto enchem o nosso saco? Proporia não somente o instrumento de medição mas também um índice de tolerância até onde suportaríamos sem brigar. A relação é simples, a cada seis imbecis que cruzarem seu caminho diariamente apenas um poderá de aborrecer. O segundo já merece cacete. Isso dá em torno de 15% ao dia admitindo que você lide com umas vinte pessoas por dia. Amigos como espero que o Sacômetro  seja um sucesso de vendas já estou tratando da patente junto ao INPI, portanto não tentem copiar a minha ideia.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Horas Extras & Competência

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Dias atrás novamente encontrei num dos grandes portais de internet um artigo sobre o assunto horas extras. Lendo, não pude deixar de lembrar do notório Lee Iacoca. Na sua autobiografia entre tantas coisa que ele revela uma me chamou à atenção. Sempre que visitava os escritórios depois das vinte e uma horas e encontrava determinado engenheiro trabalhando, no dia seguinte o chamava para uma conversa e, a depender da justificativa o interlocutor corria o risco de ser demitido por incompetência. No artigo que li dois jovens profissionais dão exemplos que viveram nos EUA, Austrália e Irlanda. Todos são taxativos ao afirmar a diferença cultural e prática no ambiente de trabalho. Se pudesse sugerir um tema para Tese de mestrado ou doutorado em Gestão de Recursos Humanos iria aí a sugestão. Eu vejo a questão de forma diversa e não como questão cultural. Para mim trata-se de questão de saúde. E que tem sim tratamento. Falo de dependência – vício. Onde Iacoca vê incompetência eu vejo doença. Em trinta e nove anos em ambiente corporativo já tive oportunidade de conhecer de tudo. Preguiçoso, burro, inteligente, esperto, oportunista, marqueteiro e até mau caráter são alguns atributos comuns no meio corporativo mas, amigos os que mais me causaram espécie foram os viciados em trabalho depois do expediente. Acham mesmo que impressionam o chefe ao enviar um e-mail às vinte e uma horas quanto o expediente termina às dezessete horas. Devo reconhecer que alguns chefes até acham isso legal – fulano é sempre o último a sair do escritório; é muito dedicado. E vejam que não estamos falando em dinheiro pois a maioria destes profissionais têm cargos de confiança e não recebem horas extras. Um dos jovens da reportagem desta semana afirmou ter ouvido que na Irlanda estes profissionais são encarados como lerdos. A verdade é que se você sai de casa e se programa para trabalhar oito horas é uma situação, mas, se na sua cabeça está programado doze ou quatorze horas, por certo que seu dia não renderá da mesma forma e isso torna-se um vício; todos os dias o expediente normal não será suficiente. Lee Iacoca dizia “das duas uma, ou você está assoberbado e ficará doente se não pedir ajuda ou de fato não reúne as competências necessárias para aquela função”; onde você se enquadra? Agora, se for vício, aconselho que procure imediatamente o serviço médico da CIA e peça ajuda. Veja, você tem família, você tem amigos, você deve cuidar de você com carinho. Oito horas de trabalho em alguns casos já beira a exaustão e stresse. Fazer da eventualidade uma prática em quase tudo na vida é arriscado

Poverello de Assis

Oração de são franscisco



Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz !Onde houver ódio, que eu leve o amor, Onde houver ofensa, que eu leve o perdão, Onde houver discórdia, que eu leve a união, Onde houver dúvidas, que eu leve a fé, Onde houver erro, que eu leve a verdade, Onde houver desespero, que eu leve a esperançaOnde houver tristeza, que eu leve a alegria, Onde houver trevas, que eu leve a luz. Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado, Pois é dando que se recebe é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a VIDA ETERNA !


Esta oração foi feita após o pedido de clemência do papa Inocêncio III "arrependido" pelas cruzadas e muito enfermo. Francisco, duvidando de seu arrependimento, fora chamado a atenção pelo Pai pedindo piedade ao agonizante. São Francisco atendeu o pedido, admitindo humildemente sua ignorância.