sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Estilo de Liguagem


Hoje mais do que nunca se fala muito em estilo de linguagem. A forma como eu falo e me expresso. Como eu verbalizo minhas idéias? Aqui vale algumas considerações, a saber: Se eu sou um bom leitor, tenho invariavelmente mais segurança e, por conseguinte erro menos, certo? Não! Esta não é uma verdade absoluta sem saber o que eu leio. Se leio muito os jornais populares, por exemplo, corro o risco do que eu chamaria de vício do contágio. Leio um erro e por achá-lo certo uso em minhas verbalizações. Mas que fique claro, o crime é meu quando massacro a língua portuguesa. Agora vejamos; se ao invés de jornais populares eu leio somente tratados de literatura clássica - o outro extremo - posso incorrer num erro não muito menos grave, de não ser entendido... blablablá, blablablá...
Caros amigos e leitores temos sim que reconhecer que a formação que recebemos nos últimos anos no Brasil deixa a desejar. Seja em instituição pública ou privada. Vocês então devem estar se perguntando, o que fazer então? Não resta dúvidas que uma boa leitura, um autor renomado, uma boa editora e um enredo que seja antes de tudo prazeroso fará a grande diferença. Se eu leio a famosa revista que antecipa o desfecho das novelas, se eu leio o jornal que vive à caça de crimes para aterrorizar a população, se seleciono meus autores pela moda e não tenho a mínima preocupação de ler a sinopse previamente, o que posso esperar quanto à qualidade literária do que leio? Talvez esteja aqui a questão. Recordo-me que tive um professor que dizia; “leia tudo que lhe vier às mãos, pois em algum momento lhe será útil.” Hoje, após alguns quilômetros rodados, receberia com certa reserva a recomendação daquele mestre. Diante da avalanche de textos criminosos que vemos circular por aí, há que ter algum cuidado.
Voltando ao tão falado estilo de linguagem, vale ressaltar que não se pode confundir estilo com vício. De tanto falar errado, acabo escrevendo errado. Esta semana, no ambiente de trabalho, me deparei com duas palavrinhas que podem bem servir para exemplificar o que falo. São elas: “Então” e “Daí”. Quantas vezes nos últimos dias você ouviu começos de frases com estas palavras? Você mesmo deve tê-las usado algumas vezes, por certo. Aqui, será que temos um estilo ou um vício? Penso da seguinte forma a respeito desta situação; o que caracteriza vício é o uso indiscriminado e abusivo das palavras. Isso sim que as torna “ilícitas” nas diversas situações. Se eu estiver do outro lado da linha telefônica, por exemplo, e mesmo que não reconheça a voz do interlocutor o reconheço pelo uso quase sempre repetitivo de determinada palavra algo está errado, mas não a palavra e sim a forma com está sendo usada. Finalmente, proponho uma reflexão sobre o que é de fato ter um estilo de linguagem. Oxalá chegue logo o tempo em que os vícios de linguagem e os gerundismos sejam banidos do nosso dia-a-dia. Até lá, caberá a cada um de nós o papel de sempre que possível dar “um toque amigo”. Em tempo, vale lembrar que com muito cuidado pois é muito difícil aos que freqüentaram um dia a escola reconhecer que: não sabem ler, não sabem escrever e não sabem falar!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Preciso, posso e devo...aprender.


Com a era digital, a informação em alta velocidade e a crescente demanda da informação em tempo real, mais do que nunca a formação permanente e a aprendizagem ao longo da vida (Life Long Learning) tem sido uma constante.
Faz, pois sentido, antes de embarcar nesta aventura, que se reflita sobre a necessidade de criar hábitos de aprendizagem, porque vamos precisar deles ao longo de toda a nossa vida.
Não podemos voltar constantemente a uma instituição de ensino formal sempre que aparece uma nova tecnologia, ferramenta ou maneira de fazer as coisas. Temos que nos tornar autodidatas e manter a mente aberta para detectar as oportunidades de crescer e com esse crescimento fazer crescer as instituições em que estamos inseridos.
O que é aprender?
É adquirir uma nova competência ou conhecimento. Aprende-se a andar de bicicleta, aprende-se uma nova língua, aprende-se a participar num desporto, aprende-se a falar em público e a usar novas tecnologias e equipamentos.
Como é que aprendemos?
Freqüentando um curso, lendo um livro ou uma revista, vendo um filme, jogando um jogo, falando com outros. Há muitas maneiras de aprender e cada pessoa tem o seu método não só preferido, mas muitas vezes, mais apropriado.
A aprendizagem (ao longo da vida ou não) coloca quem aprende no centro do processo… ao invés do ensino que coloca o professor no centro.
Isto é um programa de aprendizagem, portanto é fácil de imaginar como isto vai funcionar.
Para ser um aprendiz ao logo de toda a vida há que se ter alguns hábitos. Por norma sugerem-se os seguintes:
Hábito 1: Comece com um objetivo em vista e já definido
Hábito 2: Assuma total responsabilidade pela tua própria aprendizagem
Hábito 3: Vê problemas como desafios a ultrapassar
Hábito 4: Tenha confiança em você como sendo capaz de aprender autonomamente
Hábito 5: Crie uma caixinha de ferramentas de aprendizagem
Hábito 6: Use a tecnologia em proveito próprio
Hábito 7: Ensine e ajude outros a aprender
Hábito 7 ½: Jogue e brinque
Encontrei na internet esta proposta que está originalmente em Inglês, mas dá perfeitamente para se compreender http://www.plcmc.org/public/learning/player.html. Sugiro a sua leitura como ponto de partida nesta jornada rumo ao auto-aprendizado.

domingo, 14 de junho de 2009

Desesperados

Tão bonitinha essa historinha que não pude deixar de passar. Explica muitas coisas... (Olhem o nome do anjinho!)
Era uma vez um anjinho muito distraído chamado Amorel. Ele recebeu uma incumbência de Deus:
Amorel, acabo de inventar os humanos, eles estão classificados como homem e mulher. Cada um tem seu par e já estão todos alinhados de par e par. Pegue esta bandeja de humanos e levem para que eles habitem a Terra”.
Amorel ficou contente, pois havia muito tempo o Senhor não o chamava para tão nobre trabalho. O anjinho pegou a bandeja e saiu todo feliz pelo caminho. Ao virar uma esquina lá no céu, distraído, trombou com uma anjinha chamada Amanda. A bandeja voou longe, e todos os casais de humanos se misturaram. Amorel e Amanda ficaram desesperados e
foram contar para Deus o ocorrido. O Senhor falou:
Vocês derrubaram vocês juntarão!
Porém, parece que Deus se esqueceu que os anjinhos eram distraídos. E é por isso que a cada dia os casais se juntam e se separam. Os dois anjinhos trabalham incessantemente para que os casais originais se encontrem.
O trabalho é muito difícil, tanto é que por muitas vezes eles juntam casais errados, pois os humanos espalhados ficam inquietos e cobram o serviço dos anjinhos o tempo todo. Quando os humanos se mostram muito desesperados, os anjinhos unem dois desesperados, mas logo depois percebem o engano e os separaram. E, por muitas vezes, esta separação é brusca, pois não se tem tempo a perder. Recebi um bilhete dos dois anjinhos e vou mandar pra você agora:

"Se você é um humano, queremos pedir desculpas pela nossa distração, pois errar não é só humano! Estamos trabalhando com empenho, porém, sempre contando com a ajuda de vocês. Não se desesperem mas também, não se isolem; tentem mostrar realmente quem é cada um de vocês, pois a medida que cada um mostrar o que é de verdade, vai tornar o nosso trabalho mais fácil. Aproveitamos a oportunidade para nos desculpar pelas separações abruptas, sabemos que elas geram muito transtorno mas se nós o separamos de alguém, é porque em algum canto vimos alguém bem mais parecido e por isso precisamos isolá-los para facilitar o encontro."

Se você não estava desesperado quando se caou, fique trânquilo. Caso contrário, fique atento às dicas dos anjinhos.

sábado, 13 de junho de 2009

Você Pra Mim É Problema Seu!


Certa vez, conversando com meu ex-chefe, falávamos sobre as pessoas que normalmente nos dão muito trabalho; e os motivos são os mais variados possíveis. Ele então me contou que teria lido num adesivo, destes que colamos em nossos carros a seguinte frase: "Você pra mim é problema seu!". A partir daí, disse ele, adoto esta frase para algumas situações e pessoas. Confesso que num primeiro momento achei a tal frase um tanto estranha senão a personificação do egoísmo humano. Dias depois me deparei com uma situação em que tentava ajudar certa pessoa que prefire não mencionar aqui. O fato era, que apesar de todas as tentativas de orientá-la segundo meu juizo da situação é claro, ela insistia em não acolher minhas reflexões e complicava-se cada vez mais. A partir desta data decidi colocar num pequeno mural que mantenho em minha sala de trabalha a tal frase. Não preciso dizer que muitos que lá entram, estranham e às vezes até se arriscam a contestar aquela idéia como se fosse eu o autor da mesma. A verdade é que eu acabo muitas vezes, defendendo aquela máxima tentando explicar o inexplicável. Você caro leitor, já parou para refletir sobre esta questão da relação que temos com outras pessoas sejam elas entes queridos, amigos íntimos ou até mesmo estranhaos que cruzam o nosso caminho? Quantas vezes se viu tentado ajudar alguém que na verdade parece não querer ajuda mas sim aborrecê-lo com seus problemas?
Que devemos ser solidários, generosos e até amigos mesmos, isso não temos dúvidas. O que às vezes nos incomoda é a resistência de muitos. Quão gratificante é sentar-se ao lado de alguém que pede nossa ajuda - às vezes um simples conselho - e perceber que fomos úteis! Já lidaram com uma pessoa que te trás um problema torcendo para que você se perca nele como se fosse sem solução ou que somente ela é portadora deste mesma dificuldade? Já chega dizendo que não há solução - nem a morte resolve, arriscam elas. Tem um ambiente que é sem dúvida muito propício a estas situações - onde trabalhamos! Lá, permancemos boa parte de nossas vidas e invariavelmente carregamos solidariamente os problemas uns dos outras - não há como escapar desta dinâmica. Ninguém sai ileso. Quando você menos esperar lá estará você envolvido até o pescoço no problema dos outros. Se der sorte de se deparar com o problema de alguém equilibrado que de fato esteja querendo se livrar daquela encrenca, ótimo, mas se for o contrário vai desejar dizer a tal pessoa : Você pra mim é problema seu! E aí eu lhe pergunto; quem poderá julgá-lo mal.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Comer, Rezar, Amar...


Às vezes temos que "tirar o chapéu" e nos curvar diante de determinadas pessoas. Lembram-se de Dan Brown - Código Da Vinci - 2003? Vendeu milhões de livros, mexeu com a cabeça de muita gente, criou muita polêmica e ficou rico. Agora, mais recentemente surgir a Elizabeth Gilbert - Comer, Rezar, Amar - mais uma avalanche de livros e comentários pelo mundo afora. Esta, a partir de uma experiência pessoal - que tenho minhas dúvidas se merecem elogios; provocou uma verdadeira febre em torno da OPORTUNIDADE de se jogar tudo pro alto e sair pelo mundo numa grande aventura. Nunca tive notícias de alguma folha de papel ou até mesmo o teclado de computador - para ser mais moderno - tenha se recusado a registrar algo que se lhe pareça irreal ou mesmo danoso às vidas humanas. Sabemos sim que os papeis e teclados aceitam tudo e felizes da vida , pois existem para isso - dar margem a imaginação e fantasias dos outros. Lendo o último livro, confesso que em alguns momentos ficava imaginando se algum não desse certo na vida da escritora ( que era também uma mulher de carne e osso; com olhos azuis e dor de barriga ) - mas isso não aconteceu. Numa entrevista a televisão americana onde estavam a reporter mais cinco mulheres - extasiadas diante de Liz Gilbert, dava-se para perceber o encanto que a escritora provocou naquelas leitoras. Quem de nós não teve vontade um dia, de jogar tudo para o alto e sair por aí?
Ir de encontro ao anseio e fantasia dos leitores; este talvez seja o grande segredo para ESTOURAR e virar "celebridade" literária da noite para o dia. Liz e Dan souberam fazer isso com muita propriedade - parabéns e eles! Quanto a nós, simples mortais cabe degustar desses pratos servidos de quando-em-quando. E que venha mais por aí! Boa leitura e viagem...

quarta-feira, 10 de junho de 2009

E por falar em Anjos.


Então, você acredita ou não em anjos? Já sei, prefere não comentar para não ficar "mal na fita"! Eu, a despeito de tudo que estudei e li sobre teologia, ainda guardo certa reserva quanto ao anjos. Não chega a ser uma agnose pois estaria mais propenso a acreditar por tudo que nos trás de magia e santidade. Certa vez, lendo um livro técnico sobre instalações hidráulicas de um dos melhores autores do ramo, descobri que este mesmo autor - Joseph Archibald Macintyre havia escrito um livro sobre anjos. Ainda não li o tal livro - somente a sinopse. Mas a crítica recomenda o livro pela seriedade do homem Macintyre. A propósito deste tema, num período da vida que estive sozinho e pude escrever um pouco, me aventurei a rabiscar algo sobre essas "figuras" que tanto nos encanta. Se você caro leitor, se interessar por este tipo de leitura envie-me uma mensagem que lhe enviarei o texto. A esquerda - Contribua, dê sua opinião.

Reconsideração Literária...

Lembram-se de que eu havia dito não recomendar a leitura do livro O Peregrino de John Bunyan? Pois bem, quero reconsiderar minha opinião. Acabo de ler o livro e assistir o filme baseado no mesmo livro. Temos que reconhecer tratar-se de grande imaginação por parte do autor. Ele usou inúmeras citações Bíblicas para construir a caminhada do personagem Cristão em direção a cidade celestial. É bem verdade - vejo desta forma - que há, mesmo que de forma velada uma presunção do autor que exclui muitos da tal peregrinação. Como ex-membro da Igreja Anglicana e agora lider de igreja independente, acaba passando para o papel um sentimento muito comum aos "crentes"; somente eles serão salvos e ponto final. Como catequese, até poderia ser usado mas com muita ponderação e cuidado. Agora acho sim que deve ser lido por aqueles que se interessam pelas coisas relacionadas a fé cristã. Seja lá quem foi este homem, por certo tinha vontade de acertar e demonstrou inteligência ao construir este roteiro onde descortinou diante dos leitores muitas das revelações e fundamentos da fé cristã.

domingo, 7 de junho de 2009

Descoberta Literária


Quando lia o livro do Richard Dawkins, fui muitas vezes a internet pesquisar algumas citações que ele fez. Num dessas incursões, descobri um livro - O Peregrino - que segundo informam, é o segundo livro mais lido na história da humanidade depois da Bíblia. O terceiro é O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry. Estou lendo-o neste momento. John Bunyan é seu autor. Lendo O Peregrino, fico imaginando o desespero do Richard diante de algumas posições consequentes da LIVRE INTERPRETAÇÃO da Bíblia defendida pela seguidores de Lutero. A propósito de Lutero cabe ressaltar o quanto foi deturpado. Por certo não era sua intenção a "bagunça" que se tornou a livre manipulação da Palavra de Deus ao longo da história. De qualquer forma, o tal O Peregrino eu não recomendo.

Um Tal de Dawkins...


Amigos, acabo de ler o livro do Richard Dawkins - Deus Um Delírio - The God Delusion. Confesso que num primeiro momento achava que iria me deparar com uma proposta de reflexão sob às coisas relacionadas a religião, fé e suas consequências na vida humana. Que nada! Este biólogo britânico de 68 anos vem com uma proposta audaciosa para abalar a fé de muitos leitores despreparados e pegos de surpreza. São aprox. 500 páginas de exemplos de situações onde a religião, da forma que conhecemos provoca e continua provocando um verdadeiro estrago. Se você se sente seguro em relação à sua religião, recomendo que leia; caso contrário é mais prudente adiar esta leitura por um tempo. Agora, se você é muito curioso vale o risco - eu recomendo!

Poverello de Assis

Oração de são franscisco



Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz !Onde houver ódio, que eu leve o amor, Onde houver ofensa, que eu leve o perdão, Onde houver discórdia, que eu leve a união, Onde houver dúvidas, que eu leve a fé, Onde houver erro, que eu leve a verdade, Onde houver desespero, que eu leve a esperançaOnde houver tristeza, que eu leve a alegria, Onde houver trevas, que eu leve a luz. Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado, Pois é dando que se recebe é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a VIDA ETERNA !


Esta oração foi feita após o pedido de clemência do papa Inocêncio III "arrependido" pelas cruzadas e muito enfermo. Francisco, duvidando de seu arrependimento, fora chamado a atenção pelo Pai pedindo piedade ao agonizante. São Francisco atendeu o pedido, admitindo humildemente sua ignorância.