quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Compartilhando...


Nesta minha paixão por leitura tem algo de muito gratificante, a saber: Poder partilhar com os amigos as descobertas do mundo das letras e pensamentos. Bem verdade é que a partilha não se dá na frequência que eu gostaria, mas quanto é oportuno penso ser bem recebida pelos amigos. O livro do dia é O Clarão de Betty Milan - Cultura Editores Associados. Meu processo de escolha de livros é bem simples; leio as sinopses nas páginas das livrarias na internet. Leitura minuciosa que demanda algum tempo e paciência. Daí sai uma relação que vou comprando aos poucos – de acordo com a possibilidade orçamentária. Tenho sempre dois ou três livros na espera. Partilhando... O Clarão tem sido para mim uma grata surpresa pela beleza e magia da linguagem da escritora ao abordar um tema a princípio tão simples quanto oportuno; a amizade. Betty Milan inspirada na vida do publicitário Carlito Maia, caminha na estrada da amizade enfrentando todas as adversidades e agruras que tentam impedir a consolidação do amor entre duas ou mais pessoas. Na amizade entre Ana e João nós encontramos aqueles amigos do passado do presente e porque não do futuro, aqueles que poderiam ser grandes amigos, mas não o foram, aqueles que no auge da relação amor-amigo nos decepcionaram e aqueles a quem deixamos na estrada sem ao menos nos desculpar. Ana e João mostram pra gente o grande incômodo que causa nos egoístas uma grande amizade – que tristeza!

Eu sempre fui de poucos amigos. Isso se deve penso eu, por não ser nada carismático e portador de uma carranca sem igual. Este livro tem me levado a refletir neste aspecto da minha história e isso é muito bom. Lá pelo meio do livro veio à minha mente um ex-grande amigo cujo nome era Marcos. Um nordestino muito gente boa – paraibano para ser mais preciso. As poucas recordações são muito boas. Lembro-me às vezes de chegarmos em casa na madrugada, vindo de alguma festa e sentarmos à mesa para comer cará quentinho em fatias com manteiga e café com leite uma das minhas paixões. Tínhamos dezesseis e dezenove anos respectivamente. Ele já trabalhava e foi este trabalho somado ao meu rigor moral já naquela época que arrefeceu nossa amizade até a distância cuidar de levá-la a termo. Hoje, passados quase quarenta anos ainda me lembro daqueles dias.  Voltando ao Clarão, convivemos com Ana e João que são diferentes – amor incondicional – amor-amigo que rompe todas as barreiras inclusive à fronteira entre a vida e a morte. Amigo não morre! Se você tiver um tempinho para se dedicar à leitura fica aqui uma dica e quem sabe não começa aqui uma nova amizade.

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Poverello de Assis

Oração de são franscisco



Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz !Onde houver ódio, que eu leve o amor, Onde houver ofensa, que eu leve o perdão, Onde houver discórdia, que eu leve a união, Onde houver dúvidas, que eu leve a fé, Onde houver erro, que eu leve a verdade, Onde houver desespero, que eu leve a esperançaOnde houver tristeza, que eu leve a alegria, Onde houver trevas, que eu leve a luz. Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado, Pois é dando que se recebe é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a VIDA ETERNA !


Esta oração foi feita após o pedido de clemência do papa Inocêncio III "arrependido" pelas cruzadas e muito enfermo. Francisco, duvidando de seu arrependimento, fora chamado a atenção pelo Pai pedindo piedade ao agonizante. São Francisco atendeu o pedido, admitindo humildemente sua ignorância.