quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Palavra – Ação – Silêncio

Desde que me conheço por gente e que ando de ônibus leio numa plaquinha afixada próximo ao motorista a seguinte frase: Fale ao motorista somente o indispensável. Quando criança confesso que não entendia muito bem o porquê da proibição de se falar com o motorista. Achava que era pura implicância do dono da empresa – maldade mesmo, deixar o pobre homem sem falar por tanto tempo. Indignação de criança às vezes tem fundamente! O tempo passou e hoje entendo perfeitamente àquela advertência. Caso o motorista se distraia numa conversa qualquer pode provocar um acidente. Porque trouxe este assunto aqui? Vamos lá. Há algum tempo virou moda no mundo corporativo as tais estações de trabalho onde diversos funcionários dividem uma mesma sala. Os que defendem este modelo falam da sinergia entre os trabalhadores – pode até ser, mas tenho ouvido algumas queixas que parecem ter procedência. “É um falatório infernal e eu não consigo me concentrar.” O resultado não raramente são erros grosseiros nos processos que as pessoas têm pleno conhecimento e domínio. Outros ainda defendem este modelo alegando ser muito mais barato montar uma infra-estrutura onde todos dividem o espaço. Eu confesso que teria muita dificuldade em trabalhar num ambiente assim – por certo me dispersaria chegando rapidamente ao estresse. Talvez eu seja suspeito porque sempre gostei do silêncio para aquelas atividades que exigem concentração – ler, escrever, calcular, pensar e elaborar. Dias desses encontrei nas minhas leituras diárias na internet um pequeno texto de Mahatma Gandhi que achei muito oportuno para esta reflexão. “Aqueles que têm um grande autocontrole, ou que estão totalmente absortos no trabalho, falam pouco. Palavras e ação juntas não andam bem. Repare na natureza: Trabalha continuamente, mas em silencio.” Por certo Gandhi foi buscar este conceito no Hinduísmo, mas de qualquer forma acho oportuna uma reflexão e até ação se for o caso. Muitas vezes ficamos batendo cabeça tentando corrigir os processos ou até mesmo substituindo pessoas e não vemos os resultados. Não podemos perder de vista que alguns modernismos escondem na verdade um custo “oculto” e de difícil identificação.

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Poverello de Assis

Oração de são franscisco



Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz !Onde houver ódio, que eu leve o amor, Onde houver ofensa, que eu leve o perdão, Onde houver discórdia, que eu leve a união, Onde houver dúvidas, que eu leve a fé, Onde houver erro, que eu leve a verdade, Onde houver desespero, que eu leve a esperançaOnde houver tristeza, que eu leve a alegria, Onde houver trevas, que eu leve a luz. Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado, Pois é dando que se recebe é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a VIDA ETERNA !


Esta oração foi feita após o pedido de clemência do papa Inocêncio III "arrependido" pelas cruzadas e muito enfermo. Francisco, duvidando de seu arrependimento, fora chamado a atenção pelo Pai pedindo piedade ao agonizante. São Francisco atendeu o pedido, admitindo humildemente sua ignorância.