terça-feira, 5 de julho de 2011

Se Não é Direito o Que Será?


Seria corporativismo, clube fechado, do Bolinha talvez? Seria de fato uma autêntica preocupação com a instituição e o nome a preservar? Seria uma preocupação com o cidadão; potencial cliente do futuro advogado? Enfim dificilmente saberemos ao certo, mas o fato é que mais uma vez esta semana os Posts dos principais portais da Internet publicaram em destaque os resultados do último concurso da OAB. Um verdadeiro desastre. Desta vez chegaram a publicar a lista das noventa faculdades que não conseguiram aprovar sequer um candidato. A ladainha é grande por parte dos pobres alunos. “As provas são muito difíceis. São provas para magistrados. Quase impossíveis.” Dizem alguns. Observem que não falei alunos pobres. Na lista negra boa parte são faculdades particulares. As opiniões se dividem, mas de forma geral parece que A Plebe apoia a ideia do concurso e o seu rigor. “Deveriam aplicar uma prova assim aos médicos, aos engenheiros, aos políticos e até às sogras”, dizem os mais radicais. Se a prova deve ou não ser aplicada isso não importa muito. É uma questão da própria instituição que certamente saberá conduzir com sabedoria. O que entendo estar em questão neste episódio é a má qualidade da escola brasileira em geral. Isso sim merece uma grande discussão e já vai tarde. Todos semestres despejam nas ruas uma multidão de jovens com um “canudo” nas mãos, mas totalmente despreparados. Quantas vezes ouvimos ou lemos a preocupação dos empresários com o iminente apagão de mão de obra qualificada? Determinada empresa que conheço recebeu recentemente para um processo seletivo de estagiários dezessete candidatos, mas não conseguiu contratar um sequer. Hoje o mercado imobiliário experimenta uma grande disputa pelos bons espaços comercias entre as igrejas evangélicas e faculdades particulares. As primeiras agradecemos a promoção da fé ainda que duvidosa; quanto às outras, ficam à desejar. Em cada esquina uma igreja e uma faculdade; tudo que um país precisaria para crescer. Professores não temos. Cabe aos profissionais ao término da jornada de trabalho se aventurar nas salas de aulas Brasil afora. Alguns defendem que educação, saúde e segurança devam ser prerrogativas do Estado. Isso me parece razoável, mas nas três áreas o Estado tem se mostrado incompetente ao extremo. Diante desta constatação parece que só nos resta prestar nossa solidariedade aos reprovados e motivá-los a procurar os cursinhos preparatórios. Àqueles que porventura estejam com as contas bancárias exauridas resta ainda apelar para Santo Ivo – protetor e padroeiro dos Advogados. E a vida continua... Ah, ia me esquecendo você também reze pedindo ao seu Santo protetor para que nunca precise de um advogado.

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Poverello de Assis

Oração de são franscisco



Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz !Onde houver ódio, que eu leve o amor, Onde houver ofensa, que eu leve o perdão, Onde houver discórdia, que eu leve a união, Onde houver dúvidas, que eu leve a fé, Onde houver erro, que eu leve a verdade, Onde houver desespero, que eu leve a esperançaOnde houver tristeza, que eu leve a alegria, Onde houver trevas, que eu leve a luz. Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado, Pois é dando que se recebe é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a VIDA ETERNA !


Esta oração foi feita após o pedido de clemência do papa Inocêncio III "arrependido" pelas cruzadas e muito enfermo. Francisco, duvidando de seu arrependimento, fora chamado a atenção pelo Pai pedindo piedade ao agonizante. São Francisco atendeu o pedido, admitindo humildemente sua ignorância.