quarta-feira, 20 de julho de 2011

A Ficção Perversa da Telinha

Provavelmente deve estar se encaminhando para o fim a ficção da telinha do globo. Críticas pela crítica não cabem às novelas das oito. Já vimos quase de tudo. Digo vimos porque eu me incluo nesse rol. Sempre que estou por perto estico o olhão e curioso observo os desdobramentos diários da trama. Hoje, nada mais é surpresa pois na internet acaba vazando detalhes importantes muito antes de ir para a tela. O que diferencia uma trama de outra é a ousadia do autor e dos donos. O nome de fato tem tudo a ver – Insensato. Nada faz sentido, nada tem nexo – uma loucura. Num mesmo balaio colocaram um banqueiro ladrão, uma menina louca e deslumbrada, uma mulher a princípio boa e sofrida que transformou-se numa pessoa má e calculista, um monte de personagens abobrinhas e, o grande vilão e psicopata. Enfim, uma trama muito louca que nos passa a impressão de que os autores se perderam. Quando eu participava da Igreja ativamente gastei muito tempo preocupado com os possíveis estragos que as novelas fariam na cabeça das pessoas, sobretudo nas mais simples e dos jovens. Passado alguns anos já não penso da mesma forma. Não acredito que eles tenham todo este poder. O máximo que pode acontecer é uma garota ver um personagem com uma calça jeans rasgada na bunda e no outro dia sair pela rua com uma calça igual. Isso de fato acontece. Os bonés, as bolsas, os cabelos enfim toda essa parafernália que não nos leva a nada. Estou mais tranquilo. Agora, o que me encanto em tudo isso é o exercício de escrever – isso sim é fantástico. Criar o personagem e poder manipulá-lo a seu gosto ( no caso da globo ao gosto do patrão ) me impressiona. Um personagem sem o principal ingrediente humano – o livre arbítrio. Quando vemos determinado personagem sofrendo ou fazendo outros sofrerem ficamos imaginando o autor sentado de frente à escrivaninha – que sensação experimenta nesta hora? Milhões de brasileiros aguardam sua decisão. Se não é fantástico é no mínimo perverso. Não diria que é brincar de Deus, pois temos o livre arbítrio e podemos sim orientar nossas vidas. Uma arte milenar – a dramaturgia - evoluiu mas, não perdeu o que tem de mais fascinante: O que acontecerá amanhã? Vocês sabem?

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Poverello de Assis

Oração de são franscisco



Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz !Onde houver ódio, que eu leve o amor, Onde houver ofensa, que eu leve o perdão, Onde houver discórdia, que eu leve a união, Onde houver dúvidas, que eu leve a fé, Onde houver erro, que eu leve a verdade, Onde houver desespero, que eu leve a esperançaOnde houver tristeza, que eu leve a alegria, Onde houver trevas, que eu leve a luz. Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado, Pois é dando que se recebe é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a VIDA ETERNA !


Esta oração foi feita após o pedido de clemência do papa Inocêncio III "arrependido" pelas cruzadas e muito enfermo. Francisco, duvidando de seu arrependimento, fora chamado a atenção pelo Pai pedindo piedade ao agonizante. São Francisco atendeu o pedido, admitindo humildemente sua ignorância.