domingo, 18 de maio de 2008

Será que está no Sangue?


A ordem do dia ou ordem do tempo; como acharmos melhor. É a violência sem controle e injustificada que assola e contamina a sociedade nos últimos tempos. Tempos apocalípticos, diriam alguns! São inúmeras ad tentativas de explicar o inexplicável. Ora trata-se da pobreza hereditária, ora a pobreza provocada e não assumida pelo estado, ora é o analfabetismo reinante, sobretudo nas periferias ou nas chamadas Comunidades, ora é a falta de uma política de distribuição de renda ou riquezas como dizem alguns e que não seja hipócrita. Ainda sobre a tal distribuição de riquezas sempre me perguntei o que seria isso – distribuir riquezas? Para mim soa mais como deboche na boca dos senhores do poder. Em fim, são tantas as hipóteses que nos perdemos. E quando estamos perdidos aconselham os mais sábios é melhor não fazer nada – para estratégica – Ainda sobre as razões da violência, temos os que; e não são poucos; dizem: a violência está no sangue! Somente uma nova geração poderia ser diferente. Colocando poucos neurônios para funcionar nos perguntamos: e quem prepararia esta nova geração; a atual? Sabem da história do coronel que deixou um legado para o filho que por sua vez deixou para o neto e assim sucessivamente por gerações? O primeiro fez o segundo prometer que cuidaria com zelo do patrimônio da família; este, por razões óbvias, ordenou ao filho que fizesse o mesmo. Não precisamos ser estudiosos de antropologia ou qualquer outra ciência afim para saber que nem uma transfusão radical de sangue mudaria o DNA de um cristão! E quando digo DNA não estou me referindo ao ácido desoxirribonucleico; aquela substância que nos diferencia uns dos outros, mas justamente daquilo que nos faz iguais na medida em que somos egoístas e nos fechamos ao novo jeito de ver a vida e as relações entre as pessoas. Desde sempre vivemos e praticamos a violência exacerbada. Quantos exemplos temos na história contemporânea? Tratados e mais tratados poderiam ser escritos tentando explicar essa faceta do ser humano. Se o tal DNA é a base da vida, podemos até discutir mas o que não é possível entender e aceitar é porque somos tão IGUAIS! Fora as poucas excessões, aprendemos e ensinamos a lógica do “eu primeiro”, “depois eu” e por último “eu também”! Esta é a ética da relação entre as pessoas quiçá entre os povos. Falo dos famosos G-7 ou G-8 que na verdade são grupos de países a olharem para o próprio umbigo. E a violência só cresce! No seio da família já chegou a muito tempo. Esta que sempre a última esperança da humanidade parece estar sucumbindo diante da violência desmedida. Pais se matam, filhos matam pais, pais matam filhos e os de fora que se cuidem – a tolerância é zero! Nos faz lembrar a lei de talião. Esta era pinto diante do que vemos hoje; não se trata de um simples e em até alguns casos justo revide – porque mataram a menina Isabela? O que fez uma criança de 5 anos para merecer a morte e com requintes de crueldade? Quantas Isabelas morrem por dia pelo mundo afora? Numa guerra, seja ela justa ou não, ainda é possível explicar, até porque muitos dos que lá estão não sabem ao certo e com muita clareza as reais motivações daquela luta. O que vemos e vivemos hoje é sem mprecedente na história se levarmos em conta o nível de desenvolvimento que atingimos. Vejam outro exemplo que me recordei agora: uma família estava a procura de um ente querido que com doença mental sumiu de casa havia alguns dias. Pois bem, lá pelo oitavo dia, depois de distribuição de cartazes pelas ruas – recebem um telefonema com ameaças á vida do homem sumido. A família coube esperar a boa vontade de outros contactos que não ocorreram até que ele foi encontrado internado em uma sanatório num local bem distante. Eu caro leitor, faço parte do grupo daqueles que creem que haverá uma grande revolução na relação entre as pessoas – e creio estar bem próximo este momento – Como seres vivos e racionais devemos ir em direção a preservação da espécie humana, não há outro caminho. Até os ditos irracionais agem assim no derradeiro momento. Se não pararmos, caminharemos para a auto-destruição coletiva e geral. Acredito estarmos próximos deste momento histórico. Já não temos margem para mais violência. Estamos vendo os sinais, não apocalípticos mas reais e absolutos. Enquanto este momento não chega, nos resta apelar para a misericórdia humana para que poupem as crianças e os idosos. Estes por estarem cansados e não mais suportarem assistir o sofrimento alheio; aquelas por sua inocência e para que não se contaminem achando ser esta a verdade absoluta; a ética do eu primeiro, em segundo lugar eu e por último eu também!

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Poverello de Assis

Oração de são franscisco



Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz !Onde houver ódio, que eu leve o amor, Onde houver ofensa, que eu leve o perdão, Onde houver discórdia, que eu leve a união, Onde houver dúvidas, que eu leve a fé, Onde houver erro, que eu leve a verdade, Onde houver desespero, que eu leve a esperançaOnde houver tristeza, que eu leve a alegria, Onde houver trevas, que eu leve a luz. Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado, Pois é dando que se recebe é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a VIDA ETERNA !


Esta oração foi feita após o pedido de clemência do papa Inocêncio III "arrependido" pelas cruzadas e muito enfermo. Francisco, duvidando de seu arrependimento, fora chamado a atenção pelo Pai pedindo piedade ao agonizante. São Francisco atendeu o pedido, admitindo humildemente sua ignorância.