domingo, 18 de maio de 2008

As “Almas Gêmeas”


Então amigos, mais um modismo à vista! Para celebrar o encontro das pessoas. Isso mesmo. Daquelas que na casualidade se esbarraram. A mídia em geral explora no momento a expressão que até então freqüentava preferencialmente as missivas dos poetas e dos enamorados. Almas Gêmeas, que na verdade não necessariamente quer dizer almas iguais e nem parecidas eu diria. A verdade é que no mais das vezes a arte vai ao encontro do anseio das pessoas. Desde o simples mortal até o mais erudito dos homens. É bom que seja assim. Hoje mais do que nunca, experimentamos uma busca desenfreada pela felicidade, mas não a qualquer preço. Aqueles que já amadurecidos pelas sucessivas tentativas de encontrar o parceiro ou parceira ideal não são presas fáceis destes modismos. Sabem que por detrás das tão faladas “almas gêmeas” pode se esconder no mais das vezes uma grande desilusão e até certo perigo em alguns casos. Mas então, perguntaria o leitor mais inconformado: se não devo sair à procura da minha alma gêmea; se de fato existe riscos quando saímos à procura ou simplesmente abertos aos encontros; será que nos restaria a conformismo da solidão? Do não ter com quem dividir a vida? Certa vez um amigo se queixou: porque você chama de dividir e não partilhar? Vá lá; que seja – partilhar a vida!
Por certo que não, caro leitor! A vida nos ensina que em se tratando deste assunto, caberia uma alegoria muito simples, a saber: Imaginemos que em nosso coração exista uma porta. Exatamente! Uma porta que precisa estar aberta. Aberta ao amor, ao novo e principalmente ao risco. Se a alma é gêmea ou não gêmea, na verdade nunca o saberemos e, isso não importa muito. O que queremos na prática é encontrar alguém que nos complete. Alguém com quem nos sintamos bem e que esteja disposto ou disposta a partilhar conosco a caminhada; a vida, com seus tropeços a acertos. Sabe aquele “friozinho na barriga, uma sudorese inexplicada nas mãos?” É por aí que devemos ir. Grande chance de acerto. Agora, se além do “frio na barriga e a sudorese” sentirmos também um forte calor, arrepios, tremedeiras, suor nas mãos e uma gagueira inexplicada, devo me render e lhe dizer: Aí está a sua “Alma Gêmea”.
Por bem, já descobristes a tua “Alma Gêmea” e agora o que fazer? Muitos de nós passa toda a vida esperando por este momento, no entanto quando finalmente chega, não sabemos o que fazer. Uma “Alma Gêmea” é algo muito especial e que tanto e tantos desejam, mas que por tudo isso deve receber um tratamento também especial. É algo sublime que só aparece em nossa vida uma única vez – se a perdermos, jamais a encontraremos tão gêmea como sonhamos. Todos os esforços devem ser envidado para preservá-la ao nosso lado. Toda atenção é pouca diante do que pode nos trazer de felicidade e contentamento. Cuidá-la bem deverá ser doravante nossa preocupação constante. Aprendemos que os verbos servem basicamente para definir uma ou mais ações. Pois bem caro amigo você que acaba de encontrar sua “Alma Gêmea” deve fazer uso de todos os possíveis e imagináveis verbos, a saber:
...cuidar obviamente;
...acompanhar sempre;
...caminhar ao lado todos os dias;
...levar no coração, sobretudo nas horas que for tentado;
...honrar acima de tudo;
...venerar com algo sagrado;
...regar diariamente para garantir sobrevida;
...amar como jamais amou;
Se ainda assim tens alguma dúvida sobre a existência das “Almas Gêmeas” por certo é porque ainda não estás preparado para encontrar a tua!

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu acho que encontrei a minha alma gêmea. "Sabe aquele “friozinho na barriga, uma sudorese inexplicada nas mãos?” É por aí que devemos ir. Grande chance de acerto. Agora, se além do “frio na barriga e a sudorese” sentirmos também um forte calor, arrepios, tremedeiras, suor nas mãos e uma gagueira inexplicada, devo me render e lhe dizer: Aí está a sua “Alma Gêmea”."

Poverello de Assis

Oração de são franscisco



Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz !Onde houver ódio, que eu leve o amor, Onde houver ofensa, que eu leve o perdão, Onde houver discórdia, que eu leve a união, Onde houver dúvidas, que eu leve a fé, Onde houver erro, que eu leve a verdade, Onde houver desespero, que eu leve a esperançaOnde houver tristeza, que eu leve a alegria, Onde houver trevas, que eu leve a luz. Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado, Pois é dando que se recebe é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a VIDA ETERNA !


Esta oração foi feita após o pedido de clemência do papa Inocêncio III "arrependido" pelas cruzadas e muito enfermo. Francisco, duvidando de seu arrependimento, fora chamado a atenção pelo Pai pedindo piedade ao agonizante. São Francisco atendeu o pedido, admitindo humildemente sua ignorância.