domingo, 18 de maio de 2008

Crônica da Atualidade


Hoje, vou me aventurar a escrever sobre a atualidade. Atualidade? Mas atualidade de que? Não importa muito desde que seja atual; esteja na boca do povo. Com um pouco de honestidade escreveria sobre os temos que são discutidos pela massa. Caramba, que palavra mais antiga! Vá lá, que seja. Se fizesse uma enquête para elencar o que é atual por certo que listariam alguns dos assuntos abaixo:
Ronaldo e os travestis, a derrota do flamengo para os mexicanos, o caso Isabela Nardoni, o estouro da cotação do petróleo, os cartões corporativos, a epidemia da Dengue, o PAC e o Juvenal Antena entre outros mais ou menos relevantes dependendo da classe social e interesse coletivo. Falar sobre a atualidade de forma livre, que eu me recorde nunca foi tema de redação de vestibular – mas seria um ótimo tema – Você, caro leitor deve estar se perguntando onde quero chegar com este papo. A crônica da atualidade é exercício dos mais fáceis para qualquer escritor, mesmo um simples iniciante diriam alguns. Pois bem, vamos pensar juntos sobre este tema. Para ajudar nossa reflexão vou lançar mão de um recurso que muitos escritores usam – mesmo os mais experientes – falo de uma simples consulta ao dicionário. Lá está escrito: Atualidade; qualidade ou estado atual; interesse atual; oportunidade; momento atual. De todas as definições, a que mais me chamou a atenção foi “oportunidade”. Podemos dizer que se é oportuno é atual se é atual é oportuno certo? Errado! Peguemos alguns exemplos que listamos acima: você acha oportuno ficar falando o tempo todo sobre o caso Isabela Nardoni? Uma tragédia familiar que somente nos remete ao ódio e a miséria humana. Lembrar a todo instante que o jogador foi para um motel com três homens – seja sabendo ou não se eram homens ou mulheres, acrescentou o que em nossa vida? Ser tema comum nas nossas conversas o personagem um gangster travestido de favelado criado para nos distrair das questões importantes da atualidade, para quê? Se o Flamengo, após ganhar um campeonato estadual perde em pleno Maracanã para um timeco mexicano; achamos isso oportuno para as nossas conversas e leituras diárias, para quê? Citei estes exemplos da nossa relação e deixei os outros fora porque são discutíveis. A depender da abordagem podem ser úteis mesmo que seja para nos alertar senão para revoltar. Então caro leitor, que lição podemos tirar desta reflexão? Se quisermos falar de atualidades teremos que ter em mente tudo que é verdadeiramente atual e oportuno num horizonte cultural e que promova a vida. As misérias humanas não são atuais; as frivolidades e “abobrinhas” do dia-a-dia não são atualidades que mereçam tanto a nossa atenção. Quantas árvores deixariam de ser tombadas se nos jornais e revistas se escrevesse um mínimo de atualidades deixando as coisas antigas circularem de boca em boca. Oxalá, nas escolas de jornalismo espalhadas pelo país ensinassem os jovens a valorizarem o ser humano, dando-lhes como leitura aquilo que de fato precisam. Uma leitura que os levem a pensar grande e nobre, que os edifique e os liberte das coisas antigas. Quando comecei esta crônica confesso que estava otimista, pensando escrever algo de novo e provocante, mas agora que caminho para o final da crônica me vejo repetindo o mesmo modelo de uso comum, a mesma cantilena de sempre. Não? Você acha mesmo? Então diga isso aos seus amigos, conte para todos o que leu. Espalhe esta idéia por aí. Divulgue no seu blog. Se assim fizermos, dias virão em que ficaremos revoltados quando abrirmos o jornal numa manhã de domingo e encontrarmos seguinte notícia em destaque na primeira página: Vaca Gigante na Inglaterra...numa cidadezinha chamada Somerset na Inglaterra uma vaca de 2 metros de altura vem chamando a atenção de todos...e que Gutemberg nos perdoe!

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi é a 2ª vez que encontrei o teu blog e gostei imenso!Espectacular Projecto!
Adeus

Poverello de Assis

Oração de são franscisco



Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz !Onde houver ódio, que eu leve o amor, Onde houver ofensa, que eu leve o perdão, Onde houver discórdia, que eu leve a união, Onde houver dúvidas, que eu leve a fé, Onde houver erro, que eu leve a verdade, Onde houver desespero, que eu leve a esperançaOnde houver tristeza, que eu leve a alegria, Onde houver trevas, que eu leve a luz. Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado, Pois é dando que se recebe é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a VIDA ETERNA !


Esta oração foi feita após o pedido de clemência do papa Inocêncio III "arrependido" pelas cruzadas e muito enfermo. Francisco, duvidando de seu arrependimento, fora chamado a atenção pelo Pai pedindo piedade ao agonizante. São Francisco atendeu o pedido, admitindo humildemente sua ignorância.