domingo, 2 de março de 2008

Você pra mim é problema seu!

Certa vez, conversando com meu ex-chefe sobre as pessoas que normalmente nos dão muito trabalho; seja lá pelo que for; ele me contou que teria lido num adesivo daqueles que colamos em nossos carros a seguinte frase: "Você pra mim é problema seu!". Confesso que num primeiro momento achei a tal frase um tanto estranha senão a personificação do egoísmo humano. Dias depois me deparei com uma situação em que tentava ajudar certa pessoa que razões óbvias prefiro não mencionar aqui. O fato era que apesar de todas as tentativas de orientá-la segundo meu juízo da situação é claro, ela insistia em não acolher minhas reflexões e complicava-se cada vez mais. A partir desta data decidi colocar num pequeno mural que mantenho em minha sala de trabalha a tal frase - "Você pra mim é problema seu"! Não preciso dizer que muitos que lá entram, estranham e às vezes até se arriscam a contestar aquela ideia como se fosse eu o autor da mesma. A verdade é que eu acabo muitas vezes, defendendo aquela máxima tentando explicar o inexplicável. Você caro leitor, já parou para refletir sobre esta questão da relação interpessoal que temos com outras pessoas, sejam elas entes queridos, amigos íntimos ou até mesmo algum estranho que cruza o nosso caminho? Quantas vezes você se viu tentando ajudar alguém que na verdade parece não querer ajuda mas sim aborrecê-lo com seus problemas? Que devemos ser solidários, generosos e até amigos mesmos isso não temos dúvidas. O que às vezes nos incomoda é a resistência de muitos. Quão gratificante é sentar-se ao lado de alguém que pede nossa ajuda - às vezes um simples conselho - e perceber que fomos úteis! Já lidaram com uma pessoa que te trás um problema torcendo para que você se perca nele como se fosse sem solução ou que somente ela é portadora deste mesma dificuldade? Já chega dizendo que não há solução - nem a morte resolve! arriscam elas. Tem um ambiente que é sem dúvida muito propício a estas situações - onde trabalhamos! Lá, permanecemos boa parte de nossas vidas e invariavelmente carregamos compulsóriamente os problemas uns dos outras - não há como escapar desta dinâmica. Ninguém sai ileso. Quando você menos esperar lá estará você envolvido até o pescoço no problema dos outros. Se der sorte de se deparar com o problema de alguém equilibrado, que de fato esteja querendo se livrar daquela encrenca, ótimo mas se for o contrário vai desejar dizer a tal pessoa : Você pra mim é problema seu! E aí eu lhe pergunto; quem poderá julgá-lo mal. Não estou aqui pregando a não-solidariedade recíproca mas alertando aqueles que porventura estejam diante de situações que antes de ser uma oportunidade gratificante será ocasião de angustiá-lo. Se até aqui nos entendemos, vou lhe provocar um pouco. Já se imaginou diante de um “grande problema” onde a tal luz no fim do túnel parece muito distante? Já, não é? Pois bem; que tal ir para diante de um grande espelho, olhar bem dentro dos próprios olhos e se perguntar: Será que você realmente tem um problema e se tem, será que é de verdade um grande problema? Tenham coragem de fazer tal teste e verão que muitas a única resposta razoável a ser dita será : Você pra mim é problema seu!

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Poverello de Assis

Oração de são franscisco



Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz !Onde houver ódio, que eu leve o amor, Onde houver ofensa, que eu leve o perdão, Onde houver discórdia, que eu leve a união, Onde houver dúvidas, que eu leve a fé, Onde houver erro, que eu leve a verdade, Onde houver desespero, que eu leve a esperançaOnde houver tristeza, que eu leve a alegria, Onde houver trevas, que eu leve a luz. Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado, Pois é dando que se recebe é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a VIDA ETERNA !


Esta oração foi feita após o pedido de clemência do papa Inocêncio III "arrependido" pelas cruzadas e muito enfermo. Francisco, duvidando de seu arrependimento, fora chamado a atenção pelo Pai pedindo piedade ao agonizante. São Francisco atendeu o pedido, admitindo humildemente sua ignorância.