sábado, 25 de dezembro de 2010

Mais um na rua...

Fico pensando como fica a cabeça dos juízes brasileiros que se vêem obrigados por força de lei a libertar criminosos contumazes que agridem a sociedade de forma violenta e escancarada. Desde assassinos passionais, passando por políticos e policiais corruptos até traficante de renome, todos têm a oportunidade encontrada na lei de execuções penais que lhes beneficiam sobremaneira. Com muito dinheiro circulando nas mãos dos advogados, não é necessário muito esforço para ver um cliente na rua - seja de forma definitiva ou provisória. Em plena operação do complexo do alemão vimos o próprio Secretário de Segurança se queixando; “não é nada fácil para colocar um traficante na cadeia mas infelizmente eles às vezes são soltos e aí...". Há muito tento entender por que copiamos tanto dos americanos, mas ainda não apareceu um político que apresentasse um projeto de lei para reformar o código de execuções penais brasileiro que está ultrapassado para nossos tempos. Hoje não se respeita mais nem um delegado - no passado era impensável colocar a mão no delegado - era intocável mesmo. Tanto lutou o saudoso Amaral Neto para aprovar a pena de morte no Brasil - hoje com a corrupção correndo solta no congresso brasileiro certamente não terão coragem de levantar esta bandeira, pois poderia sobrar para um deles. Já passou da hora de nós brasileiros que pagamos nossos impostos em dia abrir um berreiro em prol do endurecimento da lei. Não dá mais para se gastar uma fortuna com presos reconhecidamente irrecuperáveis que por conta da incompetência das autoridades comandam o crime de dentro das cadeias de segurança "máxima" federais. Alguém acredita mesmo que os obreiros do bispo Macedo irão recuperar os chefes do crime organizado carioca? Acreditam mesmo que na vadiagem das cadeias brasileiras pode-se resgatar alguém para a sociedade? Acreditam mesmo no "bom comportamento" de alguns presos que chegam a cortar as tornozeleiras eletrônicas e não retornar às cadeias após as festas de fim de ano? Num país onde até o presidente é vítima da fraude contra os aposentados (falsos empréstimos consignados) o que podemos esperar? Quem gritará primeiro? Será que nossos filhos terão que conviver com esta impunidade reinante no Brasil por muito tempo? Hoje podemos afirmar sem medo de errar que com raríssimas exceções o crime compensa. "Fica barato" como dizem alguns. O que falta para que entreguemos à iniciativa privada a administração dos presídios brasileiros para os homens e mulheres que nos agrediram produzam seus próprios sustentos e possamos destinar esta verba para a erradicação da miséria e para os programas de saúde tão precários? Não podemos perder as esperanças - oxalá que neste novo congresso que assume em janeiro haja um filho de Deus capaz de enfrentar esta questão com seriedade.

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Poverello de Assis

Oração de são franscisco



Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz !Onde houver ódio, que eu leve o amor, Onde houver ofensa, que eu leve o perdão, Onde houver discórdia, que eu leve a união, Onde houver dúvidas, que eu leve a fé, Onde houver erro, que eu leve a verdade, Onde houver desespero, que eu leve a esperançaOnde houver tristeza, que eu leve a alegria, Onde houver trevas, que eu leve a luz. Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado, Pois é dando que se recebe é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a VIDA ETERNA !


Esta oração foi feita após o pedido de clemência do papa Inocêncio III "arrependido" pelas cruzadas e muito enfermo. Francisco, duvidando de seu arrependimento, fora chamado a atenção pelo Pai pedindo piedade ao agonizante. São Francisco atendeu o pedido, admitindo humildemente sua ignorância.